Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 04/12/2012 |
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi convocado pela cúpula tucana — com
exceção do ex-governador José Serra, que submergiu — a assumir o papel
de líder do PSDB na construção de uma nova agenda para o país. A
cobrança ocorre num momento em que a legenda dá sinais de "desgaste de
material" em São Paulo, após a derrota na disputa pela prefeitura da
capital e em meio à crise da segurança pública, que põe em xeque a
administração de Geraldo Alckmin.
» » » Ontem, na abertura do encontro de prefeitos eleitos, Aécio Neves anunciou que pretende andar pelo país para motivar as bases tucanas e debater a nova agenda, mas refugou na hora de anunciar que é candidato a presidente da República, como gostaria o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Cumprirei meu papel, como sempre cumpri, sem açodamento. Esta candidatura precisa ser mais que o lançamento de um nome, até porque o PSDB tem vários nomes em condições de conduzir esta bandeira", disse. » » » Para Aécio, o PSDB precisa "traduzir para a população brasileira o que o PSDB faria de diferente daquilo que está sendo feito hoje pelo governo do PT". Ou seja, deixar o "iluminismo" de lado e falar a linguagem que o povo entende, em especial, a da nova classe média que emergiu nos últimos dez anos . Elétricas// É grande a expectativa do mercado quanto ao relatório do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre a medida provisória que prorroga as concessões do setor elétrico. A divulgação estava prevista para hoje, prazo também para que as empresas se pronunciem sobre a proposta de redução de tarifas do governo. Troca de guarda No encontro com prefeitos tucanos, Aécio Neves não poupou elogios ao presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), que comandou a legenda nas eleições municipais. "Mantivemos uma posição sólida no Sudeste, no Sul, no Centro-Oeste e renascemos de forma muito vigorosa no Nordeste e no Norte do país", destacou. Guerra deve deixar o comando da legenda por motivos de saúde. Embora haja muita pressão para que Aécio a assuma a presidência do PSDB, o nome do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, aparece como alternativa para o comando do partido. Causa própria A Secretaria de Portos da Presidência da República negou ontem o envolvimento do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário, Rogério de Abreu Menescal, com os indiciados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal. Segundo a nota, Manescal não atendeu aos pleitos de Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), demitido por suspeita de comandar uma máfia que negociava pareceres em órgãos federais. Berlinda A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado a e Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara realizam audiência conjunta para discutir as operações Porto Seguro e Durkheim, da Polícia Federal, com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, cuja ida ao Congresso faz parte da estratégia para blindar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Galáctica Presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) pretende pôr em votação nesta semana o projeto do marco civil da internet (PL 2.126/2011). O relatório do deputado Alessandro Molon( PT-RJ), estabelece direitos e deveres de usuários e de provedores de conteúdo na internet. A votação foi adiada várias vezes ao longo de novembro por ação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que discorda do relatório. Nos bastidores, empresas de telefonia, provedores de acesso e gigantes da rede se digladiam. Crianças/ A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas do Senado realizou audiência pública ontem na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Na pauta, o sumiço, entre 1998 a 2001, de cinco crianças do Bairro Planalto, periferia da capital. Segundo o Ministério Público Estadual, o norte-americano Jefrey Alan Preus e a brasileira Arlete Cury Mahs teriam raptado os menores. Veto/ O presidente da Frente do Pré-Sal no Congresso, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), criticou duramente os vetos parciais ao projeto que redistribui os recursos do petróleo — royalties e participações especiais — pela presidente Dilma Rousseff. Quer mobilizar os integrantes da frente para derrubar os vetos no Congresso. Telefonia/ A Câmara dos Deputados pode votar hoje o Projeto de Lei 5476/2001, que acaba com a assinatura básica da telefonia fixa. Desabou Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a balança comercial fechou o mês com o seu pior desempenho em 12 anos: déficit de US$ 186 milhões |
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