sábado, 1 de dezembro de 2012

Migalha previdenciária

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo 
Correio Braziliense - 30/11/2012

O IBGE divulgou na manhã de ontem a nova tábua de expectativa de vida que será usada para o cálculo do fator previdenciário nos próximos 12 meses. Começará a valer a partir de segunda-feira, quando for publicada no Diário Oficial. Com base em dados do ano passado, a nova tabela reduz ligeiramente a expectativa de vida da população a partir de 55 anos de idade, em relação a 2010. Já entre 49 e 54 anos, a sobrevida permaneceu a mesma.

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O redutor a ser aplicado nas aposentadorias será igual ou um pouco menor do que o atual. Um homem com 56 anos de idade e 35 de contribuição, cujo salário de benefício (média das contribuições) é de R$ 1.000,00, por exemplo, teve a sobrevida reduzida de 24,4 para 24,3 anos.

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Pela tabela ainda em vigor, o valor da aposentadoria é de R$ 741,90 (fator 0,749), contra R$ 745,00 (fator 0,7450), se o benefício for requerido na vigência da nova tabela de expectativa de vida. Ou seja, terá um reajuste de R$ 3,10.

Achatamento

Desde a adoção do fator previdenciário, em 1999, o achatamento das aposentadorias cresceu, em média, 0,5% a cada ano, por causa do aumento da sobrevida divulgada pelo IBGE. Em 2004, o confisco foi maior em razão da mudança da metodologia de cálculo. Ou seja, é dura a vida do aposentado: para ganhar uma migalha, precisa viver menos.

Expectativa

Em média, o brasileiro ganhou três meses e 21 dias de esperança de vida em 2011 em relação à taxa de 2010, de 73,76 anos. Na comparação com 2000, o ganho foi de três anos, sete meses e 29 dias.

Saia justa

Pegou mal no Palácio do Planalto a insistência do governo do Rio de Janeiro de cobrar o veto à nova lei de partilha dos royalties, mesmo depois de a presidente Dilma Rousseff ter prometido ao governador Sérgio Cabral, do PMDB, que não haveria quebra de contratos.

No sal

O presidente do Supremo Tribunal federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, quer ver na cadeia o deputado federal Valdemar da Costa Neto (PP-SP) que, beneficiado por um empate no julgamento do mensalão, escapou da prisão em regime fechado. Proporá a alteração da pena, com base na nova legislação por corrupção passiva. A maioria do plenário deve acompanhar o relator da Ação Penal 470.

Prerrogativas

Presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS) disse ontem que própria instituição decidirá se serão cassados os mandatos dos deputados federais Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT), condenados pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. Na próxima semana o assunto entrará na pauta do STF.

Mulheres

As mulheres que estão no mercado formal têm mais tempo de estudo que os homens. Eles têm em média 9,2 anos de estudo e elas, 10,7 anos

Dilma veta// 

A presidente Dilma Rousseff deve vetar dois dispositivos da nova lei de partilha dos royalties do petróleo que mexem com contratos das áreas já licitadas pela União e que prejudicam os estados produtores, principalmente o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

Posse/ O ministro Teori Zavascki tomou posse ontem como mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal. Assumiu vaga deixada por Cezar Peluso, que se aposentou compulsoriamente ao completar 70 anos no fim de agosto. Participaram da cerimônia o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, representando a presidente Dilma Rousseff.

Facebook/ A Cielo e o Facebook fizeram uma parceria que vai permitir ao consumidor recomendar o estabelecimento comercial para os amigos da rede social diretamente no ato da compra, a partir da máquina de cartão de crédito e débito. Lojista e consumidor, porém, terão que se cadastrar.

Passagens/ Do advogado constitucionalista Erick Wilson Pereira, que semanalmente viaja de Natal (RN) para Brasília: "Não só a poltrona de avião é a comprovação da absurda inexistência do controle estatal brasileiro; a alta dos preços das passagens é que é o símbolo do descaso com que as autoridades fiscalizam os preços no Brasil."
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Um comentário:

  1. Não acho que pegou mal não. A presidente ainda não havia se pronunciado e o governador do Rio só defendia o seu Estado.

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