O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pôs na pauta de votação o
projeto de substituição do fator previdenciário, uma velha
reivindicação sindical. Quer marcar a sua passagem pelo comando da Casa
com uma decisão história, por sinal, muito cara a outro parlamentar
gaúcho, o senador Paulo Paim (PT), seu companheiro de movimento
sindical.
É uma esticada de corda com o Palácio do Planalto, que não quer
enfrentar a queda de braços com os aposentados. O fim do fator
previdenciário implicaria novos ajustes na Previdência do setor
privado, despertando demandas adormecidas do movimento sindical. O
risco de um revés do governo é grande na Câmara e será visto como um
retrocesso pela equipe econômica do governo, que conseguiu uma grande
vitória ao criar o Fundo de Previdência dos Servidores Federais.
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que levou a
bola nas costas, já avisou que o governo não quer saber da votação
dessa questão. Prefere que o atual líder do PMDB, Henrique Eduardo
Alves (RN), assuma o comando da Câmara e engavete o projeto.
Guerra
O resultado da eleição em Fortaleza exacerbou o choque entre o
governador Cid Gomes, do PSB, e a prefeita Luiziane Lins (PT),
derrotada nas urnas. O chefe do executivo cearense acusa a prefeita de
inviabilizar os principais projetos de parceria com o estado, entre
eles a construção de um estaleiro, a pretexto de que isso atrapalharia o
turismo. "Ninguém investe mais em turismo na capital do que governo do
estado", afirma.
Pra frente....
O secretário de Planejamento do governo da Bahia, José Sergio
Gabrielli, que pleiteia a vaga de candidato à sucessão do governador
Jaques Wagner, participou ontem do lançamento do programa Nordeste
Competitivo, na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
Gabrielli aposta no encontro dos governadores do Nordeste, em 9 de
novembro, para que o programa ganhe envergadura nacional. São 83
projetos prioritários, no valor de R$ 23 bilhões.
Duro na queda
O empresário Camilo Cola, dono da Itapemirim, aos 89 anos, volta à
Câmara. Primeiro suplente, assumirá a vaga de Audifax Barcellos, eleito
prefeito da Serra. De quebra, derrota um velho desafeto, o deputado
Teodorico Ferraço (DEM), pai do senador Ricardo Ferraço (PMDB) e aliado
do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), na disputa pela prefeitura de
Cachoeiro de Itapemirim. Camilo apoiou o petista Carlos Castiglione, que
se elegeu.
Conta outra
Para desanuviar o ambiente e evitar uma obstrução de capixabas e
fluminenses em plenário, o presidente da Câmara, deputado Marco Maia
(PT-RS), garantiu ontem que o relatório do deputado petista Carlos
Zarattini sobre os royalties de petróleo não implicará em perda
de receita para os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Os
governadores Sérgio Cabral (PMDB) e Renato Casagrande (PSB) não
acreditam.
É hoje//
O colégio de líderes da Câmara decidiu votar o projeto que redistribui os royalties do petróleo.
R$ 20 bilhões
É a estimativa da perda de receita do governo do Rio de Janeiro caso o
projeto dos royalties seja aprovado, considerando os contratos
licitados até 2023.
Condenado/ José Genoino decidiu assumir o mandato de deputado
federal na Câmara, onde é o segundo suplente, na vaga de um dos
deputados da coligação PT/PRB/PR/PCdoB/ PTdoB. Quer fazer um discurso
na Câmara defendendo-se das acusações que o levaram à condenação pelo
Supremo Tribunal Federal (STF). É o jus espernandis.
Suplentes/ Carlos Alberto Lopes (PMN) assumirá a vaga de Alexandre
Cardoso (PSB), eleito prefeito de Duque de Caxias, no Rio. Wanderlei
Alves de Oliveira (PSC) tomará conta da cadeira de Nelson Bornier
(PMDB), cacique do PMDB, eleito prefeito de Nova Iguaçu (RJ).
Mais gente/ A Câmara prepara a posse de 25 suplentes de deputados
federais, que assumirão as vagas dos deputados que conseguiram vencer
as eleições municipais. No Senado, fica tudo como está: nenhum dos
senadores que se candidataram conseguiu se eleger.
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