Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 19/08/2012 |
A realidade do mercado publicitário está longe da análise inicial que o
Supremo Tribunal Federal (STF) tem feito sobre as atividades de uma
agência de propaganda no julgamento do mensalão. O desconhecimento de
causa não pode ser base de voto que condena a história de um mercado e
de profissionais que trabalham, por ofício, comprometidos com os
resultados e os objetivos de seus clientes.
Para entender o caso: Uma licitação pública é vencida por uma agência pelas modalidades melhor técnica e melhor preço. Uma empresa de publicidade estuda, planeja e contrata serviços de terceiros para realizar etapas de produção e de mídia, para veicular as peças. Uma agência não imprime, contrata uma gráfica e orienta os serviços. Como o nome diz, agencia, faz uma atividade intermediária, que segue normas e a legislação. É isso que é preciso ser compreendido antes de qualquer julgamento. Outro ponto: os contratos das agências de publicidade têm de 80% a 90% destinados às empresas de mídia e vários fornecedores. Fica para elas apenas a comissão. Salame O fim de semana serviu para serenar os ânimos no Supremo Tribunal Federal (STF), que retoma o julgamento do mensalão amanhã. Temia-se que o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, após apresentar seu voto inteiro, deixasse o plenário. Ele aceitou a votação fatiada. Sétimo Na metodologia tradicional, cada ministro do Supremo leria a íntegra do respectivo voto. Primeiro o relator, depois, o revisor. Os demais, na ordem inversa da antiguidade. Por último, o presidente. Só ao fim os votos seriam computados, sacramentando-se as sentenças. Sétimo ministro na fila de votação, Cezar Peluso, que se aposenta em 3 de setembro, correria o risco de nem sequer participar do início da votação. Os cariocas O Rio de Janeiro continua em segundo plano na política nacional. Preocupado com a própria sucessão, o governador Sérgio Cabral (PMDB) saiu de cena, apesar de o prefeito carioca, Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, dispor de 47% das intenções de voto. A vitória no primeiro turno, porém, subiu no telhado com o crescimento da candidatura de Marcelo Freixo (PSol), que saiu de 8% para 12%. Regra de três O governo alega que sangrará em R$ 92 bilhões se der aumento aos servidores. Os auditores fiscais refizeram as contas: por esse valor, segundo eles, concederia mais de 100% de reajuste. Caso o Planalto dê 5%, o impacto custará R$ 4,2 bilhões aos cofres públicos. Se 5% estão para R$ 4,2 bilhões, assim como 100% estão para X (massa remuneratória), chega-se a R$ 84,5 bilhões Money O mercado financeiro comemora o novo programa de concessões da presidente Dilma Rousseff. Indiferente ao debate sobre sua natureza seria uma forma de privatização ou não, os banqueiros avaliam que o pacote de R$ 130 bilhões do governo atrairá novos investimentos estrangeiros e motivará as grandes empreiteiras nacionais. Tarifas/ O modelo de concessões rodoviárias terá pedágios mais altos do que os valores cobrados nos trechos federais concedidos pelo governo Lula em 2007. A vantagem é que o usuário perceberá com mais rapidez melhorias na qualidade das estradas, avalia o coordenador de Infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Campos. Na pior/ O Ministério da Fazenda elaborou um estudo para convencer 20 dos 27 governadores do país a aceitar a unificação da alíquota do imposto em 4%. Amazonas, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina ficarão no prejuízo. Russos/ A fabricante russa Sukhoi prepara uma proposta para uma eventual terceira concorrência para compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB), já chamada de FX-3. Oferecerá o modelo T-50 PAK-FA, desenvolvido em parceria com a Índia. O Programa FX-2 expira no fim do ano. |
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