domingo, 1 de julho de 2012

Força do bem comum

Brasília/DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 30/06/2012

Nova pesquisa CNI/Ibope mostrou que a avaliação do governo Dilma Rousseff melhorou: é considerado ótimo ou bom por 59% da população, o maior índice desde o início do mandato. Além disso, 77% dos brasileiros aprovam a maneira de governar da presidente Dilma, mesmo percentual apurado na pesquisa de março. A confiança mantém-se em 72% dos entrevistados, o que endossa o seu estilo "durona" à frente do Palácio do Planalto perante o mundo político.

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Num ambiente em que os políticos da própria base do governo reclamam que as coisas não andam — os empresários estão pessimistas e sustam investimentos e os consumidores, endividados, desconfiam do crédito fácil —, esses números surpreenderam a oposição. Ainda mais porque a boa avaliação do governo é atribuída às medidas econômicas para combater a inflação, reduzir a taxa de juros e baixar os impostos.

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 As áreas da educação, que registra uma longa greve nas universidades, e da saúde, que não resolve a crise dos hospitais públicos, puxaram o governo para baixo. Mesmo assim, a pesquisa mostra que os esforços da presidente Dilma Rousseff para enfrentar a crise econômica foram reconhecidos pela população. Como diria Norberto Bobbio, o bom governo é aquele que defende o bem comum.

Sobem 

As áreas mais bem avaliadas são combate à fome e à pobreza (57% de aprovação), meio ambiente (55%) e combate ao desemprego (53%). As ministras Tereza Campello e Izabella Teixeira, que respondem pelas duas primeiras áreas, estão rindo à toa. Guido Mantega, da Fazenda, e Brizola Neto, do Trabalho, também.

Descem 

As políticas de saúde e educação vão de mal a pior para 66% e 54% da população, respectivamente. Os ministros Alexandre Padilha (foto) e Aloizio Mercadante, que comandam as duas pastas, podem ir preparando as orelhas.

Ponto futuro// 

A prioridade de Dilma Rousseff como presidente pro tempore do Mercosul, após o impeachment do presidente Fernando Lugo, será garantir que as eleições no Paraguai sejam democráticas, livres e justas. O país foi suspenso do Mercosul até o pleito, previsto para abril de 2013.

Carinho 

O Programa Brasil Carinhoso do governo federal destinou, em junho, para mais 1,9 mil famílias com crianças de até 6 anos e renda mensal por pessoa inferior a R$ 70, o total de R$ 164,7 milhões

Volta ao ninho 

Pressionado pelo ex-governador Paulo Hartung e a vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES) desistiu da candidatura a prefeito de Vitória. Apoiará o ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que lidera a disputa. Seu principal adversário é o deputado estadual Luciano Rezende (PPS).

 Fácil, fácil 

O BTG Pactual tentou comprar o BMG, da família Pentagna Guimarães, por R$ 1 bilhão. Como modelo de negócio, sugeriu uma fusão com o Panamericano, que tem como sócios o próprio BTG e a Caixa Econômica Federal. A fórmula garantiria acesso aos R$ 10 bilhões colocados pela CEF à disposição do Panamericano e não utilizados até agora. A operação assustou o Palácio do Planalto, o mercado e o próprio BMG, cujos títulos negociados em Nova York dobraram repentinamente de valor

Segredos 

O Ministério da Defesa localizou a documentação sigilosa acumulada entre 1946 a 1991 pelo extinto Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA). O ministro da Defesa, Celso Amorim, informou o fato à Comissão da Verdade. São 52 volumes de antigos segredos militares.

Festa/ Deputados do PSD comemoram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o tempo de propaganda eleitoral e o Fundo Partidário destinados à legenda, que serão proporcionais à bancada de deputados federais. Segundo o líder do PSD na Câmara, Guilherme Campos (SP), a decisão consolida a legenda, que entra fortalecida nas eleições municipais.

Pandora/ Depois de três anos de investigações, o Ministério Público denunciou 38 pessoas envolvidas na Operação Caixa de Pandora, que apurou esquema de corrupção na gestão de José Roberto Arruda no Governo do Distrito Federal (GDF). Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, empresas beneficiadas em contratos sem licitação com o GDF pagavam propina regular, muitas vezes mensal, a políticos aliados do governo.

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