Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 03/02/2012 |
A disputa pela liderança da bancada do PT na Câmara é das mais acirradas. Nela, se digladiam um político nordestino, José Guimarães (CE), irmão do ex-deputado José Genoino, e o paulista Jilmar Tatto, cuja família tem grande influência no diretório municipal de São Paulo. Tudo indica que não haverá acordo para um rodízio na liderança e a escolha será feita por meio de votação. Ambos avaliam que vencerão e alguns petistas prometem votar nos dois. » » » Por trás do embate pela liderança, há outros protagonistas. Tatto é apoiado pelo presidente da Câmara, Marco Maia (RS), pelo ex-presidente da Casa Arlindo Chinaglia (SP) e pelo ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (SP), além do líder da bancada, Paulo Teixeira (SP). Guimarães tem como cabos eleitorais o líder do governo Cândido Vaccarezza (SP), o ex-presidente da Câmara João Paulo (SP) e o deputado André Vargas (PR), secretário nacional de Comunicação do PT. » » » A posição da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ainda não está clara. Aparentemente, o Palácio do Planalto se mantém distante da briga, mas o novo líder terá um papel importante no rumo das articulações do governo na Câmara. O grupo que apoia Tatto, no fim do ano passado, trabalhava para derrubar o líder Cândido Vaccarezza e substituí-lo pelo deputado Paulo Texeira (SP). Calendas// Capixaba, a vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB), trabalha para impedir a votação do projeto dos royalties no primeiro semestre deste ano. Também capixaba, a senadora petista Ana Rita pediu ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), que não coloque em regime de urgência a votação do projeto. Acordo Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou ontem que o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), deverá ser o presidente da Câmara em 2013. Foi um recado para o PT de que a cúpula peemedebista está unida e cobra o acordo que permitiu a eleição do deputado Marco Maia (PT-RS) para a presidência da Casa. RelatoriaA propósito, a cúpula do PMDB não quer que Henrique Eduardo Alves relate o projeto de distribuição de royalties de petróleo da camada pré-sal, que voltou para a Câmara, como gostaria o petista Cândido Vaccarezza. Avalia que isso queimará o filme do peemedebista nas bancadas dos estados produtores, atrapalhando sua eleição para a presidência da Casa. Bateu O senador tucano Aécio Neves criticou ontem o troca-troca de ministros no governo Dilma: "Parece que virou rotina. O governo trata isso com absoluta naturalidade, o que não deveria acontecer. Mas, na minha avaliação, o ano começa mal do ponto de vista do governo". Para o ex-governador de Minas Gerais, as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre direitos humanos durante a visita a Cuba foram um retrocesso na política externa. Prevaricação O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), criticou ontem a postura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, diante da denúncia de recebimento de propina envolvendo o ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denucci. "Se recebeu informações da prática dos ilícitos e nada fez para apurar o caso ou afastar o envolvido, Mantega prevaricou. Essa condescendência é gravíssima", afirmou Freire. Federação Presidente do Congresso Nacional, o senador José Sarney), do PMDB-AP, pretende criar uma comissão de notáveis para rediscutir o pacto federativo, que cada vez mais é esgarçado. Segundo ele, houve um esgotamento do voto proporcional e uninominal. Também insistiu na urgência da reforma do sistema eleitoral. "É preciso encontrar um modelo em que o eleitor se sinta vinculado ao eleito, que as forças econômicas tenham influência reduzida e os partidos políticos, com princípios programáticos fortalecidos, possam se consolidar com a prática da democracia interna." Vazou O economista Luiz Felipe Denucci, defenestrado da presidência da Casa da Moeda após denúncias de irregularidades, supostamente teria cobrado propina a fornecedores no valor de R$ 25 milhões Empolgou-se/ O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), aproveitou a leitura da mensagem da presidente Dilma Rousseff ao Congresso pelo primeiro-secretário da Mesa, Eduardo Gomes (PSDB-TO), para fazer um gracejo com o colega oposicionista. "Nunca vi um membro da oposição falar dos interesses do governo com tanto entusiasmo", brincou. Barreiras/ A senadora Ana Amélia (PP-RS) quer debater na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado as restrições burocráticas impostas pela Argentina à entrada de produtos brasileiros e os impactos à indústria nacional. |
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