Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo |
Correio Braziliense - 25/12/2011 |
Quem anda feliz da vida com o governo Dilma é o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Era um estranho no ninho, completamente excluído do Estado-Maior do governo, mas acabou o ano com a bola cheia. A presidente Dilma Rousseff não poupa elogios ao bom desempenho em todas as tarefas que recebeu. Quem deve faturar com isso é o PMDB, cotado para ocupar o Ministério dos Transportes na reforma ministerial. » » » Temer foi o esteio do Palácio do Planalto na articulação com o PMDB. Coesionou uma bancada que começava a dar sinais de rebeldia e pressionava seu líder, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), para exercer uma espécie de oposição chapa-branca. Temer prestigiou o líder da bancada e enquadrou os rebeldes. Na Câmara, em votações importantes, o PMDB deu 100% de apoio ao governo. Nas trocas dos ministros do PMDB (Agricultura e Turismo), Temer agiu para evitar mais constrangimentos ao governo e o partido durante as crises. » » » No plano administrativo, o vice-presidente da República recebeu a missão de coordenar a elaboração e a execução do Plano Estratégico de Fronteiras, que cobre uma área de 2,4 milhões de quilômetros quadrados, que vai da Floresta Amazônica, passa pelo pantanal mato-grossense e chega até os pampas gaúchos. Os ministérios da Defesa e da Justiça, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência e o Gabinete de Segurança Institucional participam do projeto, com 11 governos estaduais. Em seis meses, o plano aumentou a presença do Estado nos limites territoriais brasileiros, onde vivem mais de 10 milhões de pessoas. Números Resultados do trabalho conjunto dos governos federal e estaduais nas fronteiras: foram apreendidas 115 toneladas de drogas, 65 mil garrafas de bebidas, 650 quilos de explosivos, 2 mil veículos, 4,2 milhões de pacotes de cigarros, 75 mil munições, 534 armas de fogo. Garimpos e madeireiras ilegais foram interditados, pistas de pouso clandestinas foram destruídas. Participaram das ações quase 20 mil homens Consultas// O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, pretende consultar a população, nas eleições municipais, sobre temas polêmicos, como a liberação da maconha, o aborto de anencéfalos e a união homoafetiva. Só depende da aprovação do Congresso até abril. Xadrez O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) acredita que dará um xeque-mate na cúpula do partido ao se manter candidato a presidente da República em 2014 em qualquer circunstância, isto é, no PSDB ou em um dos dois partidos com os quais mantém boas relações: o PSD e o PPS. Avalia que o ex-governador de Minas Aécio Neves, que hoje controla o PSDB, desistirá da candidatura à Presidência se tiver que enfrentá-lo nas urnas. Mano a mano O senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que deve tomar posse na terça-feira, reencontrará no Senado um velho desafeto, o senador Pedro Taques, do PDT-MT. Quando era procurador-geral do Ministério Público Federal em Mato Grosso, o pedetista fez parte da força-tarefa que investigou irregularidades na Sudam e prendeu Jader. Fortíssimo Falta pouco para o presidente da poderosa Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Eunício de Oliveira, do PMDB-CE, ter o apoio da maioria da bancada peemedebista para se candidatar à sucessão do senador José Sarney (PMDB-AP) na Presidência do Casa. Juros O mercado financeiro aposta na continuidade da política de redução de juros do Banco Central (BC), apesar das críticas de alguns analistas. O Relatório de Inflação do BC divulgado na quinta-feira reforçou a expectativa de que os cortes de 0,5 ponto percentual na Selic vão continuar até abril de 2012, com a Selic chegando a 9,5%. Presença/ Os governadores de Mato Grosso, Silval Barbosa, e de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, ambos do PMDB, estão entusiasmados com o Plano Estratégico de Fronteiras e reivindicam a atuação permanente das Forças Armadas na repressão ao contrabando e ao tráfico de drogas nos respectivos limites territoriais. Patrimônio/ O diretor-presidente do Porto do Recife, Pedro Mendes, quer remover para uma praça a Cruz do Patrão, às margens do Rio Beberibe, entre as fortalezas do Brum e do Buraco, que sempre serviu de baliza para os barcos que chegavam para atracar. É o lugar mais assombrado do Recife. Doa a quem doer/ Três deputados do PSDB assinaram o requerimento de Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) pela criação da CPI das Privatizações: Fernando Francischini (PR), Jorginho Mello (SC) e Nelson Marchezan (RS). |
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