sábado, 13 de agosto de 2011

Rito de passagem


Por Luiz Carlos Azedo
Com Leonardo Santos


Noves fora mais uma trapalhada no Enem ou um improvável tiro na asa por irregularidades no Ministério da Educação, o ministro Fernando Haddad será ungido candidato do PT a prefeito de São Paulo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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A senadora Marta Suplicy (SP), que se considerava candidata natural da legenda, já reavalia a questão. É que o escândalo no Ministério do Turismo será usado contra sua candidatura pelos adversários, inclusive dentro do PT, em que o fogo amigo é implacável. Haddad conta com o apoio ostensivo de Lula. Caso sua candidatura seja endossada de pronto pela presidente Dilma Rousseff, a pretensão de Marta estará fulminada.

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Entretanto, caciques do PT em São Paulo, como os deputados federais Arlindo Chinaglia, Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, defendem as prévias com unhas e dentes. O senador Eduardo Suplicy, candidatíssimo, também. Mesmo sem Marta, será uma espécie de rito de passagem, no qual o candidato de Lula terá de assumir compromissos com os petistas que deixou para trás ao furar a fila.

Falta combinar

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (foto),de Pernambuco, e os líderes da legenda na Câmara, Duarte Nogueira (SP), e no Senado, Alvaro Dias (PR), anunciaram ontem que o partido prepara uma proposta de redução da estrutura do governo, que hoje tem 40 ministérios e 23.500 cargos comissionados. "A proposta do PSDB é fazer uma reengenharia, mudar essa gestão e reestruturá-la, para que tenha mais compromisso. Precisamos é de ação, decisão, gerência, competência e falta tudo isso", explica.

Chororô// 

O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), garante que 90% da bancada do partido é favorável à adoção de uma postura de independência em relação ao governo. Defenestrado do Ministério dos Transportes, o partido ainda esperneia pelos cargos perdidos.

Prata da casa

A presidente Dilma Rousseff limitou o raio de atuação de seus ministros no Congresso. Mesmo que tenha mais afinidade com a política do que com a atividade-fim de sua pasta. Alguns ministros poderiam colaborar mais com a articulação política, se não fosse a camisa de força imposta pelo Palácio do Planalto. Exemplos: José Eduardo Cardozo (Justiça) e Alexandre Padilha (Saúde).

Quer mais

Na avaliação de um cacique peemedebista, não é a liberação de emendas parlamentares e a nomeação de cargos que irão acalmar os ânimos da base aliada ao governo Dilma Rousseff no Congresso. O Palácio do Planalto precisa voltar a "fazer política" com o parlamento.

Cultura

Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) mobiliza artistas em apoio às PEC 150 (mais verbas para a cultura) e PEC 98 (música) e à reforma da Lei do Direito Autoral. Fernanda Abreu (foto), Frejat, Sergio Ricardo e Sandra de Sá vão liderar uma manifestação no Congresso, marcada para quarta-feira.

Caixa

Segundo o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), o Brasil está mais do que preparado para enfrentar a crise financeira internacional, caso o cenário fique mais pessimista nos próximos meses. Juntando reservas cambiais, superavit fiscal e recursos do Orçamento da União de 2012 e 2013, o Brasil terá um aporte de US$ 1
trilhão

Terapias/ Usuários dos serviços de saúde mental, seus familiares, o Conselho Nacional de Saúde e Conselho Federal de Psicologia, durante encontro com o secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, detonaram a nova política de financiamento público, via Sistema Único de Saúde, para comunidades terapêuticas.

Energia/ As comissões de Infraestrutura e de Energia do Senado vão enviar um requerimento para o governo cobrando uma posição sobre a renovação das concessões de energia pelo país. As comissões querem saber se o governo realizará um leilão ou se renovará as concessões para os consórcios que exploram o setor há quase 30 anos.

Presos/ Sobre a publicação das fotos de identificação criminal dos envolvidos no esquema de corrupção do Ministério do Turismo pela imprensa de Macapá, a Polícia Federal lava as mãos: os detentos estão em presídio estadual e sob a custódia do governo do Amapá.

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