sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mestres e doutores

Por Luiz Carlos Azedo
Com Norma Moura
luizazedo.df@dabr.com.br


Deu mais rebu a nota publicada ontem, nesta coluna, sobre a mobilização dos servidores do Judiciário por isonomia salarial com o pessoal do Legislativo. Resumia a reação de integrantes da categoria que criticaram a coluna por causa do termo barnabé* e reivindicam equiparação dos seus vencimentos à burocracia do Legislativo, cujos analistas ganhariam mais do que o dobro do salário inicial dos colegas do Judiciário, R$ 6 mil e R$ 13 mil, respectivamente.

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O professor Leon Victor de Queiroz, também leitor da coluna, se indignou. “Já que eles levantaram a questão de que o cargo que eles querem paga ‘pouco’, R$ 6 mil iniciais, vamos pensar na educação. Sem falar no ensino básico, cujo salário é de fome, vamos falar no professor de universidade federal”, sugere Queiroz, depois de considerar um salário inicial de R$ 13 mil muito elevado em relação às demais categorias.

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Segundo o leitor, um professor assistente com mestrado recebe R$ 2,7 mil. Se aceitar a dedicação exclusiva, passa a R$ 4,4 mil. O professor adjunto, com doutorado, recebe R$ 6,7 mil com dedicação exclusiva. “Acho graça quando um concurseiro vem dizer que passou a vida toda estudando, que se sacrificou, que perdeu momentos da vida para passar num concurso público. Agora, eu pergunto: quanto tempo leva para se formar um doutor, quanto se gasta e o quanto se perde? Para o professor ser associado, é preciso fazer um pós-doutorado. Imagine cinco anos de graduação, dois anos de mestrado, quatro anos de doutorado e mais dois anos de pós-doutorado para ganhar R$ 9,7 mil brutos.”

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Em tempo: acho que Queiroz pegou pesado ao generalizar em relação à turma que estuda para concurso público.
*Considerado pejorativo, o termo significa funcionário público de baixo escalão.

Eixo//

A petista Dilma Rousseff almoçou ontem, em sua casa, no Lago Sul, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O cardápio foi a situação da economia e uma sintonia mais fina com Mantega, que andava se queixando da excessiva aproximação entre a candidata do PT e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Jihad

O PPS convocou uma reunião do diretório nacional para o próximo dia 21 com o propósito de fechar questão contra o apoio a candidatos a governador da base de Dilma Rousseff (PT) em todo o território nacional. Com isso, a participação da legenda na coligação em torno do candidato do PT, Agnelo Queiroz, em Brasília, foi para o espaço. Nas eleições de 1986, o antigo PCB adotou posição semelhante em relação ao PMDB e só elegeu três deputados. Um deles foi Augusto Carvalho (DF), que hoje apoia Agnelo.

Pressão

A pedido de José Serra (PSDB), o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), enquadrou a legenda no Espírito Santo e exige apoio ao candidato tucano ao governo, Luiz Paulo Vellozo Lucas, ex-prefeito de Vitória. A decisão pôs uma saia justa no ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim Theodorico Ferraço (DEM). Candidato a deputado federal, é pai do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB), que disputa uma vaga no Senado na chapa do senador Renato Casagrande (PSB).

Reciclagem

O Brasil pretende economizar cerca de R$ 8 bilhões por ano com reciclagem. Esse é um dos números que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (foto), apresentará hoje, em reunião com representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Caixa Econômica Federal e do Ipea. A reunião vai debater a política nacional de reciclagem e como o serviço ambiental urbano será remunerado no país.

Lavoisier

No Brasil, 12% do lixo sofre algum processo de reciclagem. A proposta é aumentar esse número para 36%, beneficiando o contingente de catadores de produtos recicláveis, que chega hoje a 1 milhão de pessoas

Ampulheta

Em reunião na tarde de ontem, o presidente do PCdoB do Distrito Federal, Augusto Madeira, o senador Cristovam Buarque, do PDT, e o deputado Rodrigo Rollemberg, do PSB, pressionaram o presidente do PT do DF, Roberto Policarpo, pela ampliação da coligação de apoio a Agnelo Queiroz (PT), pré-candidato ao Buriti. Policarpo disse que ele e Agnelo são a favor da entrada do PMDB na chapa, mas que a decisão será tomada por voto amanhã, no congresso do PT, assim como a segunda vaga ao Senado, disputada por Rollemberg.

Teimoso/ O deputado Geraldo Magela (PT) voltou a carga para ocupar a segunda vaga ao Senado na chapa de Agnelo. Argumenta que a legenda tem a preferência do eleitor entre os demais partidos, que o PT já elegeu dois senadores no Distrito Federal e que é preciso consolidar a unidade da militância.

Fechou/ O líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), reafirmou o apoio da sigla à candidatura de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás. Jovair ainda não decidiu se disputa uma das vagas ao Senado.

Treino/ O Sindicato das Agências de Propaganda do Distrito Federal inicia hoje um curso sobre “Ética, eleições e propaganda eleitoral para candidatos, assessores e jornalistas”. Segundo o presidente do Sinapro-DF, Fernando Brettas, a OAB-DF e o Uniceub participam da iniciativa, cujo foco é melhorar a qualidade da política em Brasília.

Prêmio/ O Ministério da Saúde decidiu pedir ajuda aos pesquisadores para melhorar o atendimento público aos usuários do SUS. Foram destinados R$ 55 mil ao concurso para premiar trabalhos científicos sobre tecnologias em saúde.

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