Por Luiz Carlos Azedo
luizazedo.df@dabr.com.br
Deputados e senadores do PSDB comemoraram até com certa euforia os resultados da pesquisa CNI/Ibope sobre a avaliação do governo Lula e a sucessão presidencial. Apesar da avaliação do governo — que subiu de 72% para 75% de aprovação —, e do elevado índice de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estável nos 83%. E da espetacular ascensão de Dilma Rousseff (PT). A razão da comemoração foi o fato de o governador José Serra, candidato da legenda a presidente da República, não ter sido ultrapassado pela candidata petista, mantendo uma vantagem de cinco pontos percentuais. Em dezembro, Serra tinha 38% das intenções de voto. Hoje está com 35%. Dilma passou de 17% para 30%. Ciro Gomes (PSB) caiu de 13% para 11%, e Marina Silva (PV) permaneceu com 6%.
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“Esse resultado era esperado, mostra que mesmo sem fazer campanha a candidatura de Serra permanece favorita”, minimiza o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que anunciou para 10 de abril o lançamento da candidatura de José Serra. Será em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Outros cenários ajudaram a animar os tucanos: sem Ciro Gomes, Serra sobe para 38% e Dilma, para 33%. Ou seja, a vantagem do candidato do PSDB para a do PT continua em cinco pontos. Marina ficaria com 8%. Haveria segundo turno nos dois cenários. Para alegria dos tucanos, segundo a pesquisa, Serra venceria Dilma por 44% a 39%.
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No PT, a expectativa da cúpula era de que Dilma aparecesse em empate técnico, o que não houve, uma vez que a margem de erro da pesquisa é de 2%. Em compensação, a rejeição de Dilma desabou 14 pontos, saindo de 41% em dezembro, o que era considerado um desastre, para os atuais 27%, dois pontos a mais que a rejeição de Serra. Estrategistas do governo avaliam que Dilma ultrapassará Serra até junho. Os tucanos não acreditam: Serra estará finalmente em campanha pelo país afora e Dilma terá que enfrentá-lo na planície.
Shalon
O governador Jaques Wagner (foto), que faz parte da comitiva do presidente Lula no Oriente Médio, comemorou seu 59º aniversário em Jerusalém. O governador baiano é judeu.
Tarifas
A oferta de livre comércio de Israel com o Mercosul contém 8 mil itens que terão um cronograma de redução gradual de tarifas em oito anos. A oferta do Mercosul, cujas tarifas serão reduzidas em 10 anos, reúne 9.424 produtos.
Pirão
O governador do Ceará, Cid Gomes (foto), fez um piquenique à sombra do governador Sérgio Cabral (PMDB), durante corpo a corpo no Senado para tratar dos royalties de petróleo. Disse que o radicalismo do colega carioca vai dificultar as negociações para reduzir os prejuízos do Rio.
Etanol
O Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e Israel, que deve entrar em vigor no próximo mês, triplicará as trocas comerciais com o Brasil, segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Porém, o etanol ficou de fora.
Menos ruim
Não se surpreendam se o governador José Roberto Arruda desistir de recorrer da cassação do seu mandato de governador por infidelidade partidária, aprovada por 4 a 3 pelo Tribunal Regional Eleitoral. A sentença livra-o do processo de impeachment em tramitação na Câmara Legislativa, que poderia lhe custar o mandato e mais oito anos de direitos políticos, a contar de 2011, deixando-o fora das eleições.
Panelinha
O deputado Ernandes Amorim (PTB-RO) anda irritado com o colégio de líderes. O parlamentar não poupa críticas à oposição nem à base do governo, da qual participa, por causa da orientação dada às bancadas do PT, do PMDB e do PSDB para votar contra o envio de uma comissão destinada a apurar irregularidades em frigoríficos de Rondônia. Amorim pregou o fim do que chamou de “ditadura de líderes”.
Buriti
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que reluta em ser candidato ao governo do Distrito Federal, disse ao deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) que pode apoiá-lo ao Palácio do Buriti. Avalia que a disputa interna do PT enfraquece tanto a candidatura do ex-ministro do Esporte Agnello Queiroz como a do deputado Geraldo Magela.
Amigo/Com o imbróglio em São Paulo prestes a ser solucionado com a candidatura do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao Palácio dos Bandeirantes, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (PT-SP) tenta minimizar as críticas do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao PT paulista. “As portas do partido continuam abertas a Ciro, mas temos que cuidar de nossas vidas”, justifica.
À luta/A jornalista Ana Amélia Lemos, que por duas décadas comandou o escritório da Zero Hora em Brasília, fez sua última coluna ontem. Será candidata do PP ao Senado, pelo Rio Grande do Sul.
Confronto/A estratégia do PT para encarar a oposição no suposto envolvimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no caso Bancoop é o enfrentamento. Por orientação do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, Vaccari falará com a imprensa, em coletiva a ser marcada em breve, e entrará com ações contra o promotor José Carlos Blat e a imprensa.
Otimo post como sempre, Azedo. Devemos frisar que a prévia do PT será amanhã e que Agnelo está muito mais cogitado para o cargo, podendo fazer com que Cristovam entre na disputa.
ResponderExcluirOtimo post como sempre, Azedo. Devemos frisar que a prévia do PT será amanhã e que Agnelo está muito mais cogitado para o cargo, podendo fazer com que Cristovam entre na disputa.
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