Por Luiz Carlos Azedo
Com Norma Moura
luizazedo.df@dabr.com.br
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai endurecer o jogo na 8ª Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), em maio, na sede da ONU, em Nova York, considerada decisiva. O Brasil aderiu ao tratado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, depois de 30 anos de resistência dos militares, que desenvolveram pesquisas para transformar o país numa potência nuclear. Lula concorda com a tese de militares e de diplomatas de que foi um erro assinar o tratado. E não pretende corroborar com o novo aditivo que está sendo proposto para a nova rodada de revisão do TNP.
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Ligado à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o documento foi concluído em 1968, com a participação de mais de 130 países. A conferência do tratado ocorre a cada cinco anos. No encontro de 1995, o TNP foi prorrogado de forma indeterminada. Em 2000, foram estabelecidos 13 pontos para o desarmamento. Mas, durante o governo Bush, as negociações empacaram. A rodada de 2005 fracassou. Agora, para reforçar o tratado, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dimitri Medvedev, negociam um espetacular acordo de redução de mísseis nucleares. Mesmo assim, nos respectivos arsenais, manterão 1.500 mísseis nucleares cada.
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O presidente Lula anda dizendo que os Estados Unidos e a Rússia não têm moral para impor restrições aos programas nucleares para fins pacíficos dos países emergentes. Opõe-se às retaliações aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU ao Irã, por causa do programa nuclear do regime dos aiatolás. Mais do que o desejo de fornecer urânio enriquecido ao Irã, por trás dessa posição está a intenção de não permitir que novas restrições do TNP venham a prejudicar o programa nuclear brasileiro. O Brasil construirá seu submarino nuclear em parceria com a França, mas já domina todo o ciclo nuclear, inclusive a tecnologia para produzir a bomba. A Constituição de 1988, porém, veda esse objetivo.
Salto alto//
Parlamentares do DEM e do PPS saíram impressionados com o salto alto dos tucanos na reunião das três bancadas que discutiu o lançamento da candidatura do governador de São Paulo, José Serra, a presidente da República, em 10 de abril, em Brasília. Alguns já falam como futuros ministros.
Saia justa
Foi a maior saia justa, mas o presidente Lula conseguiu convencer o rei da Suécia, Carl XVI Gustaf, a rainha Silvia e toda a comitiva sueca de que o caça sueco Gripen NG, da SAAB, ainda está na disputa do programa FX-2 de reaparelhamento da Força Aérea Brasileira. Saíram todos contentes do almoço no Palácio do Itamaraty, onde o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou que ainda aguarda o documento com novos detalhes da proposta sueca para encaminhar uma posição final ao presidente Lula, que submeterá a decisão ao Conselho Nacional de Defesa. Também participam da concorrência a norte-americana Boeing, responsável pelo caça F-18 Super Hornet, e o consórcio Rafale International, liderado pela francesa Dassault.
Desaparecidos
A senadora Lúcia Vânia (foto), do PSDB-GO, apresentou requerimento ontem, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, solicitando a realização de audiência pública, com a presença do ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, para discutir o desaparecimento de jovens em Luziânia e em outros municípios do Entorno do Distrito Federal.
Divórcio
Com a pauta sobrestada e a chegada do projeto do novo marco regulatório do pré-sal, o Senado deixou em segundo plano a conclusão da votação da PEC do Divórcio. Segundo o deputado Sérgio Carneiro (PT-BA), autor da proposta, o projeto atinge cerca de 600 mil brasileiros
Afinado
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, aposta no entrosamento com o Poder Judiciário para enfrentar o processo eleitoral sem turbulência na pasta. A cooperação com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ayres Brito, já gerou bons frutos. Barreto pretende criar um sistema de registro de mandados de prisão e acompanhar institucionalmente o processo eleitoral.
Excluídos/ Depois da redução para 3,5% dos juros de financiamento do Fies, a Caixa tem agora um novo problema para resolver: a taxa de inadimplência dos estudantes, que chega a 25%. Os novos juros só beneficiarão os universitários que vão aderir ao Fies daqui para frente.
Cerco/ Indicado pelo PDT para ser o vice do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ao governo de São Paulo, o prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, marcará presença hoje em Tatuí, ao lado do presidente Lula e da candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
Plim-plim/ Incitado pela campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania, de iniciativa da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o Ministério Público Federal instaurou inquérito para apurar denúncias de homofobia e tortura psicológica no programa Big Brother Brasil, da Rede Globo.
Aqui no Brasil temos os melhores exemplos de omissão e falta de estrutura na área nuclear. O Maior acidente radiológico urbano do mundo foi em Goiânia, não foi devido a nenhuma usina nuclear mas sim um aparelho de radioterapia que foi ABANDONADO em um terreno baldio!!
ResponderExcluirAs formas de exposição nuclear são variadas, mas seus riscos não, até porque, segundo os estudos que temos somente o câncer pode ser diretamente vinculado, outro ponto que dificulta muito o reconhecimento das vítimas.
Qual é o custo do "progresso"? E afinal, para onde vai "tanta" energia? Estamos mirando o elefante, mas o rato também nos atinge!